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segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Soneto de Fidelidade
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Vinicius de Moraes
Acho interessante qdo. ele diz: " De tudo ao meu amor serei atento"
Não é ao amor do outro, ou que vem do outro. É ao meu AMOR. Ao amor que eu sinto.
Sempre adorei esse soneto e dava para ele outro olhar. Hoje pensando sobre ele, coloco a minha porção egoísta e sinto que estou significando esse soneto na minha vida de forma diferente e que neste momento faz todo sentido para mim.
Ao meu Amor, quero estar sempre atenta e mesmo com outros tantos encantamentos pelo caminho, eu possa honrar o amor que sinto, em todo e qualquer momento. Sabendo que não será eterno, mas enquanto ele existir será mesmo intenso.
O meu Amor, por mim, pelo q faço, pelos meus ideais, pela vida.
Ivonete Gama
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Engraçado... eu penso que quando ele escreve " De tudo ao meu amor serei atento" ele se refere ao amor que ele cultiva por outra pessoa, e não a si mesmo. Acho que reservar este poema para um pensamento em sí mesmo não faz um sentido verdadeiro de vida, o amor faz sentido quando compartilhado, ainda que em detrimento de sua própria felicidade ou existência.
ResponderExcluirMas o ideal mesmo é que o amor traga sempre muita felicidade.